quinta-feira, 28 de abril de 2016

Aprovado texto que facilita novo crédito para agricultor

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Produtor rural que renegociar dívida poderá contrair novo financiamento sem ter que amortizar prestação do contrato anterior, prevê projeto que passou ontem em Plenário e agora vai a sanção.
O Senado aprovou ontem um projeto que permite ao agricultor que renegociar dívida de crédito rural contrair novo financiamento sem precisar amortizar prestações do contrato anterior, como exige a lei em vigor. O texto segue para sanção presidencial. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 87/2015 modifica a Lei 11.775/2008, que institui medidas de estímulo à regularização de dívidas de crédito rural e fundiário. Conforme a lei, o agricultor que renegociar dívida não poderá contratar novo financiamento até que pague a parcela inicial do contrato que foi refinanciado.
A restrição vale para crédito do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e para financiamentos com recursos dos Fundos Constitucionais do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. O texto, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), elimina a restrição à tomada de novos empréstimos, mesmo que o mutuário não tenha feito o pagamento das parcelas previstas no contrato de renegociação. Oportunidade O relator na Comissão de Agricultura (CRA), senador José Medeiros (PSD-MT), deu voto favorável ao fim da restrição e disse que a mudança não causa “implicação fiscal direta, uma vez que não ocorreria aumento da despesa pública, sendo avaliada caso a caso a situação do tomador do crédito”.
Para o senador Blairo Maggi (PR-MT), que apresentou o relatório de Medeiros na CRA, a proposta é “meritória”, pois abre uma oportunidade de novo crédito para o produtor. A senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) elogiou o projeto, que pode estimular o agronegócio. Para José Pimentel (PT-CE), a proposta é de “suma importância” e beneficia em especial os produtores do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. Ele informou que a MP 707/2015 vai trazer novas medidas de ajuste sobre dívidas de agricultores. O senador Telmário Mota (PDT-RR) registrou que, mesmo diante da tramitação do processo de impeachment, o Senado não deixa de trabalhar. Já Simone Tebet (PMDB-MS) destacou que o agronegócio é o que ainda salva a economia do país. Para a senadora, o projeto vem em “boa hora”: — Mesmo com a crise, o Senado tem condições de dar boas respostas à população.

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